Como impedir que os problemas de saúde provocados pela pandemia do coronavírus (Covid-19) se transformem em uma crise alimentar? Para responder à questão, a Organização das Nações para Agricultura e Alimentação (FAO) divulgou uma lista com dez recomendações dentro de três objetivos básicos: garantir alimentos suficientes e nutritivos a todas as famílias; não interromper as tarefas executadas pelos agentes do sistema alimentar; disponibilizar alimentos suficientes de modo que os países possam oferecê-los a preços razoáveis. A lista foi elaborada em parceria com a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), também vinculada à ONU.
De acordo com a FAO, a pandemia da Covid-19 afeta atividades que vão da produção ao consumo, sobretudo em termos de segurança alimentar e bem-estar social.
O primeiro objetivo prevê que todas as famílias, especialmente as que estão em extrema pobreza e insegurança alimentar, tenham acesso a alimentos suficientes e nutritivos. Para tanto, são recomendadas medidas como o fortalecimento de programas de renda básica e de alimentação escolar voltada a crianças e adolescentes. Também devem receber apoio, por parte de empresas e governos, iniciativas de assistência alimentar promovidas por organizações da sociedade civil.
O segundo objetivo tem como prioridade não deixar que se interrompam as atividades das empresas e demais agentes responsáveis pelo funcionamento do sistema alimentar. Uma das medidas recomendadas para alcançar tal objetivo é garantir apoio financeiro, incluindo crédito e subsídios produtivos, para estabelecimentos agrícolas, principalmente aqueles vinculados à agricultura familiar.
Também é recomendada, dentre outras iniciativas, a garantia de financiamento, assistência técnica e acesso a insumos e mão de obra para agricultores e pescadores artesanais.
Outra preocupação está expressa no terceiro objetivo, qual seja a de que os países tenham comida suficiente para fornecê-la a preços razoáveis. Isso pode se efetivar por meio de políticas que impeçam os mercados atacadistas e agroindústrias, por exemplo, de fecharem ou reduzirem suas operações. Evitar medidas protecionistas que elevem os preços dos alimentos é outra das ações citadas.
Para conferir o documento na íntegra, contendo as dez medidas, clique aqui (versão em espanhol).
Mais informações: Decom CeasaMinas (31) 3399-2011/2012/2035/2036
Notícia de 13/08/2020.
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